Days Gone Remaster: vale a pena revisitar o apocalipse zumbi da Bend Studio?
- Vitor Coutinho
- 13 de abr.
- 2 min de leitura

Um retorno necessário ou apenas mais um upgrade?
Lançado originalmente em 2019, Days Gone dividiu opiniões com sua proposta de mundo aberto em um cenário pós-apocalíptico repleto de zumbis — ou melhor, freakers. Agora, em 2025, a Sony lança uma versão remasterizada para PlayStation 5, reacendendo o debate: será que o game finalmente atinge o potencial que sempre prometeu?
Este review é voltado para quem já jogou o título original, mas também esclarece se novos jogadores devem embarcar agora na jornada de Deacon St. John.
O que mudou no Remaster de Days Gone?
1. Gráficos e Performance
A principal diferença está no visual. O jogo agora roda em 4K nativo com taxa de 60 quadros por segundo, proporcionando uma fluidez que o PS4 não conseguia manter, especialmente durante as hordas massivas.
A textura das roupas, iluminação dinâmica e efeitos de clima foram visivelmente aprimorados. Os ambientes de floresta — um dos destaques técnicos do jogo original — agora se beneficiam de sombras mais suaves e uma distância de renderização mais ampla.
Destaque: O ciclo dinâmico de dia/noite e as tempestades ganham um ar mais cinematográfico no PS5, elevando a imersão.
2. Áudio 3D e DualSense
O suporte ao áudio 3D e ao controle DualSense também faz diferença. Sentir o motor da moto vibrando em terrenos acidentados, ou o estalo seco de um headshot com a espingarda, traz uma camada extra de tensão ao gameplay.
3. Carregamentos e qualidade de vida
Loadings praticamente inexistem. A transição entre cenas e checkpoints está muito mais ágil. Pequenos ajustes de interface e navegação também contribuem para uma experiência mais fluida.
E o que continua igual?
1. História e narrativa
A história de Deacon continua exatamente a mesma — e esse é um ponto divisivo. Embora a performance do protagonista (vivido por Sam Witwer) seja convincente, a narrativa ainda peca por diálogos genéricos e momentos emocionalmente artificiais.
2. IA e bugs antigos
A inteligência artificial dos inimigos humanos permanece básica. Algumas situações ainda geram comportamentos esquisitos, como NPCs travados em obstáculos. Apesar de polido, o remaster não corrige todos os bugs clássicos.
Comparativo: Remaster vs Original
Elemento | Days Gone (2019) | Remaster PS5 (2025) |
Resolução | 1080p dinâmico | 4K nativo |
Taxa de quadros | 30 FPS com quedas | 60 FPS estável |
Loadings | Lentos | Praticamente instantâneos |
Iluminação | Padrão | HDR e ray-tracing leve |
Suporte ao DualSense | Não | Sim |
Vale a pena jogar Days Gone Remaster em 2025?
Se você nunca jogou o original, o remaster é sem dúvidas a melhor versão do game. Ele entrega um mundo aberto imersivo, ação intensa contra hordas e uma ambientação rica, agora com melhorias técnicas que finalmente fazem jus à proposta do projeto.
Já para quem jogou em 2019, a decisão depende do seu apego. Não há conteúdo novo ou mudanças estruturais. O foco está mesmo na performance e qualidade visual. Se você curte revisitar jogos com cara nova ou é fã da franquia, é um upgrade bem-vindo.
Conclusão
Days Gone Remaster representa o jogo que a Bend Studio sempre quis entregar. Ele ainda não é perfeito, mas com as melhorias gráficas e de desempenho no PS5, finalmente se consolida como uma experiência sólida de sobrevivência zumbi no universo PlayStation.
Nota NerdLevel: 8.5/10
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